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Reunião do Comitê de Programas do ALMA

Durante o mês de Junho, participei das reuniões de alocação de tempo do ALMA; os diversos comitês analisaram mais de 1600 pedidos de turno! Muito trabalho! Mas muitos projetos interessantes. Neste ciclo, poderão ser usadas 43 antenas e a resolução angular atingida chega a 0.05 segundos de arco.

 

Primeira detecção da linha de H2O na frequência de 448 GHz no espaço

Um artigo científico do qual participei, liderado por Miguel Pereira-Santaela, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, publicado na revista “Astronomy & Astrophysics” recebeu destaque pela primeira detecção no espaço de uma linha da molécula de água na frequência de 448 GHz.  A linha foi observada com o interferômetro ALMA (Atacama Large Millimeter Array, abaixo), no Chile. Mas detalhes aqui.

Participação na Reunião Magna da ABC – 9 de Maio de 2017

No dia 9 de Maio de 2017, estarei participando da Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências, quando terei a honra de apresentar a palestrante convidada Gabriela González (na foto acima, na sala de controle do Observatório LIGO – Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory), pesquisadora premiada por seu trabalho em Cosmologia e porta-voz da colaboração científica LIGO. Na oportunidade, a Dra. González  vai descrever os recentes episódios de detecção de ondas gravitacionais bem como o estado atual dos interferômetros LIGO e Virgo, bem como as perspectivas para as futuras observações.

Simulação de 2 Buracos Negros em órbita, prestes a colidir e fundir.

Pertinho do Buraco Negro Supermassivo

Publiquei recentemente com colaboradores, em especial o Dr. Jáderson Schimoia, no periódico Astrophysical Journal (2017ApJ…835..236S) um trabalho em que argumentamos que podemos ver, no espectro de um grande no. de galáxias ativas (aquelas em que o Buraco Negro está capturando matéria de seu entorno), emissão do gás do disco de acreção em torno do Buraco Negro Supermassivo. A figura acima mostra para tres casos os espectros (esquerda), junto com o perfil da componente que se origina no disco (centro) e um cartoon mostrando a distribuição do gás no disco derivada a partir do perfil.

Através deste trabalho demonstramos que as famosas “linhas largas” do espectro de galáxias ativas do tipo 1 (como as Seyfert 1) têm na marioria dos casos uma componente “disco” que pode ser identificada com as partes externas do disco de acreção. A geometria desta “região de linhas largas” tem sido um mistério por muitos anos e o fato de termos identificado uma componente discoidal permite que usemos este conhecimento para calcular de forma mais precisa a massa do Buraco negro.