Sólitons Topológicos em Física Nuclear
Introdução
A cromodinâmica quântica (QCD) é geralmente aceita como a teoria correta
das interações fortes. Em altas energias, a teoria de perturbação pode ser
utilizada na análise das implicações fenomenológicas da QCD. Nas escalas
de energia relevantes para a física nuclear, abordagens alternativas precisam ser
desenvolvidas.
A QCD constitui-se numa teoria de quarks possuindo 3 estados de carga
forte ("cores"). A generalização da teoria para N cores, seguida da expansão
em potências de 1/N, foi proposta por G. t´Hooft e E. Witten como um método
permitindo no mínimo uma compreensão qualitativa da QCD em baixas e médias energias.
Desta análise resulta uma conceitualização da QCD como uma teoria de campos
mesônicos na qual os bárions aparecem como sólitons topológicos. É notável que
tal visão da física nuclear tenha sido desenvolvida, por motivos inteiramente
diversos e muito antes do advento da QCD, pelo físico britânico T. H. R. Skyrme.
Neste colóquio, após uma revisão da fundamentação do modelo de Skyrme no contexto
moderno da QCD, discutimos alguns aspectos fundamentais deste modelo, tais como
a simétria quiral, a origem topológica do número bariônico, a quantização fermiônica
e a rotação coletiva do sóliton, responsável pelo spin dos bárions.
Sumário
Homepage do autor
Homepage do IFURGS
Fundamentação na QCD
Michel Betz betz@if.ufrgs.br
Instituto de Física
Universidade Federal do Rio Grande do Sul